Gosto do frio. Gosto do calor. Gosto do engraçado. Gosto do sem graça. Gosto do feio. Gosto do bonito. Gosto do doce. Gosto do amargo (…) É, bem assim: tudo muito confuso. Claro, até porque na minha vida as coisas são muito confusas. Tudo tão bagunçado quanto meu quarto, quanto meu guarda-roupas. Às vezes insisto em querer esse tal de amor, insisto em estar apaixonada, mas logo depois mudo de ideia, mudo de opinião e digo que o amor é o pior sentimento que pode existir. Às vezes estou feliz, com um sorriso de orelha a orelha, e do nada, rapidamente, toda essa felicidade vai embora. E no lugar, vem a angústia. (…) Ninguém entende essa mudança rápida na minha forma de pensar, a minha mudança rápida de humor… Mas é por causa de você. É que sempre que eu começo a arrumar minha vida, a tentar ser essa pessoa normal que todos querem que eu seja, você volta. Volta e bagunça tudo outra vez. Volta dizendo que me ama, que me quer. E eu volto a ser feliz. Mas depois você sempre vai. Vai, e deixa aqui só a bagunça e a confusão (…) Porém, confesso, eu gosto disso, dessas tuas idas e vindas. Gosto das tuas contradições. Gosto do teu frio e do teu calor. E acho que as nossas confusões se completam. Acho que isso tudo é por eu ser órfã de razão. Aprendiz, que não sabe o que quer da vida. Aliás, só sei que quero você.
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