Não sei você

Sei lá, eu só acho que você deveria vir falar comigo.

Por todas as vezes que fui te procurar pra puxar um papo, não deixar passar em branco o momento. Pelas indiretas que capto nas entrelinhas de suas palavras e que ficam rondando a minha cabeça. Pelo desejo obscuro e controlado ao extremo que tenho de você. Você poderia me procurar, falar comigo. Não diga nada se não quiser dizer, só dê um sorriso grande até apertar os olhos como você sempre faz. Ou diga muita coisa, conversa mesmo, como às vezes a gente faz.

Eu nem sei quem é você ao certo. Sei algumas coisas mal explicadas e outras que percebo/ouço por aí. Não sei nem se você é o que você diz. Sei que me encanta, que a pessoa que conheço é legal.

Eu nem sei por que, mas pensei na possibilidade de “eu e você”, sei lá porque, um dia virar “nós”. Pensei em coisas bobas que envolvem teu jeito de ser. Imaginei te conhecer como ninguém e ver o que ninguém consegue já que você se fecha tanto. Pergunto-me se você é a pessoa que é agora ou se é a que foi antes e usa uma máscara, não sei, algo assim.

Eu gosto de você e tanto faz por que. Nem eu sei! Não sei se gosto, se não gosto também. Sei que me encanta e que quando penso no teu sorriso, fico com raiva por sentir aquele algo mais. Tenho é medo de você. Medo de lhe dar as mãos pra que depois você as solte. Medo desse seu jeito bonito demais de ser. Medo de enlouquecer. Medo de achar que é diferente e não ser. Porque já comecei muitos livros com finais não tão felizes, agora eu quero mais uma saga que jamais termine. E será você?

Sei lá, só sei que me encanta. Te encanto também? Sei lá, fala alguma coisa comigo.